domingo, 14 de fevereiro de 2016

"Paulicea Desvairada" - Mario de Andrade (1922)

Embora o foco de minha coleção seja Manuel Bandeira e Carlos Drummond de Andrade, fui adquirindo alguns satélites literários que orbitavam CDA e MB na primeira metade do século XX. O maior deles, sem duvida, foi Mario de Andrade! Grande incentivador de Carlos Drummond de Andrade e cúmplice maior de Manuel Bandeira ao longo de sua trajetória pós Semana de Arte Moderna até o falecimento de Mario em 1945, vide correspondência mútua entre as partes.

"Paulicea Desvairada" foi um grito de revolta contra o estabelecido no cenário literário da segunda década do Brasil no Século XX. Mario de Andrade foi o desbravador corajoso que rompeu as barreiras que ligavam a literatura Brasileira a Portugal. "Paulicea Desvairada" é um manifesto de ruptura e foi lançada em defesa de Anita Malfatti, Victor Brecheret e todos os oprimidos da ditadura "passadista" que reinava nas artes e literatura.

O "Poeta Futurista", segundo Oswald de Andrade, deu o primeiro tiro de alerta, e sua "paulicea Desvairada" tornou-se a bíblia do Modernismo.

Falando do livro e sua capa "arlequinal", a qual pessoalmente considero a mais linda já desenhada no Brasil, surpreende pelo caráter moderno para 1922 tanto no sentido literário quanto na tipografia aplicada na edição. O "Prefácio interessantíssimo" é leitura obrigatória para qualquer um interessando em "Modernismo".

Brochura em 143 páginas impresso pela "Casa Mayença" de São Paulo. Incluído na edição um desenho original de Antonio Moya.


Capa "Arlequinal" da obra revolucionária
de Mario de Andrade.



Contracapa

Detalhe da contracapa.

Folha de guarda.

Folha de rosto.

O notório "Prefácio Interessantíssimo".

Detalhe das características tipográficas muito
modernas para os padrões da época.





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